Sapo é bicho esperto. Certa feita um homem agarrou o sapo e levou-o para os filhos brincarem. Os meninos judiaram dele muito tempo e, quando se fartaram, resolveram matar o sapo. Como haviam de fazer? Queriam que o sapo sofresse. Os meninos então decidiram:
- Vamos jogar o sapo nos espinhos! Berraram os pestinhas.
- Espinho não fura meu couro... dizia o sapo com ar tranqüilo...
- Vamos queimar o sapo! Gritou um dos malvados.
- Eu no fogo estou em casa! Dizia o sapo como se isso nada fosse.
- Vamos sacudir ele nas pedras! Continuavam os garotos.
- Pedra não mata sapo! Pedra não mata sapo!
- Vamos furar de faca! Vamos deixar ele como peneira.
- Faca não me atravessa! Replicava o sapo mostrando-se totalmente despreocupado com a situação.
- Vamos botar o sapo dentro da lagoa! Vamos afogar ele.
Aí o sapo ficou triste e começou a pedir, com voz de choro:
- Me bote no fogo! Me bote no fogo! Na água eu me afogo! Na água eu me afogo! Assim vocês vão me matar...
- Vamos para a lagoa - Gritaram os meninos com ares de muito satisfeitos por terem descoberto uma maneira de fazer o sapo sofrer.
Foram, pegaram o sapo por uma perna sé e, tchi bum, rebolaram o bicho lá no meio. O sapo mergulhou, veio, pôs a cabecinha para fora d'água e gritou muito satisfeito:
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