quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O Patinho feio

E a história era assim...

Era verão quando nasceu o patinho feio. Surgiu de dentro de um ovo tão grande que todos pensaram trata-se de um ovo de peru que por acaso caíra num ninho de pata.

_ Que pato mais feio! – ­­­­ouvia ele quando sua mãe o levava pelo quintal. As outras aves riam, caçoavam de seu tamanho e tentavam bicá-lo.

O patinho feio sentia-se tão infeliz e malquisto que resolveu fugir. Atravessou os campos e encontrou alguns patos selvagens.

_ Como você é feio! – disseram-lhe também. Mas aceitaram sua companhia, contato que ele jamais se casasse com uma pata selvagem. O patinho feio não queria se casar. Desejava apenas um lugar para ficar. Decidiu partir novamente, aceitando um convite dos gansos que o chamaram para voar.

­_ Você é feio demais! – comentaram os gansos – Você é tão feio que acabamos gostando do seu jeito.

Mas, antes que o patinho feio alçasse vôo, seus novos amigos foram mortos por caçadores e ele se viu só mais uma vez.

No final do outono, o patinho feio foi parar na casa de uma camponesa, mas, novamente que partir. A camponesa desejava uma pata que botasse ovos e não um patinho desengonçado como ele.

Durante o frio do inverno, o patinho feio, solitário e desamparado, quase morreu, mas foi salvo por um camponês e sua família. Só que aquele também não se tornaria o seu lar, porque os filhos do camponês nunca paravam de atormentá-lo.

Quando chegou a primavera, cansado e triste, o patinho feio avistou as aves mais lindas que já encontrara na vida. Eram cisnes que nadavam num rio.

Aproximou-se e, pela primeira vez, olhou para águas e viu seu reflexo. Descobriu que era um cisne como eles. Por um instante lembrou-se do tempo em que era maltratado e perseguido. Depois, moveu as asas que brilhavam sob o sol e, também pela primeira vez, sentiu-se feliz.

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